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segunda-feira, 11 de março de 2024
1 dia e 1 noite em Nápoles
sexta-feira, 15 de dezembro de 2023
Cruzeiro pelo Mediterrâneo a bordo do Costa Smeralda
Nesta viagem pelo Velho Mundo, mais uma vez nos rendemos à deliciosa conveniência de um cruzeiro marítimo.
Costa Smeralda
Escolhemos Barcelona como
porto de embarque, pois tínhamos muita vontade de retornar ao berço das
principais obras de Gaudí.
Chegamos em Barcelona em
um final de tarde de domingo e, cansados, tivemos pique apenas para um breve
passeio pelas redondezas do hotel e jantar.
No dia seguinte, logo
após o café da manhã, embarcamos no navio Costa Smeralda.
Nosso roteiro marítimo
era de 8 dias (7 noites), com apenas um dia de navegação, entre Palma de Maiorca e Palermo.
O navio
A estrutura do Navio Costa
Smeralda é fantástica, com várias opções de restaurantes, bares e
entretenimento. As refeições estavam incluídas, com excelentes opções “a la
carte” para os jantares. Adquirimos o pacote de bebidas, pois os valores dos
drinks nos cardápios giram em torno de U$10 a U$15. Além disso, neste cruzeiro,
a maioria das bebidas sem álcool como capuccinos, água e sucos nos bares,
também não está incluída.
Para quem nunca fez um
cruzeiro, vale registrar alguns pontos:
·
Sempre
há algo acontecendo! Jogos, música, dança, bingo, cassino, aulas esportivas, atrações
no piano bar etc. Nos finais dos dias no Costa Smeralda, havia apresentações no
teatro e no Colosseu – uma estrutura surpreendente, bem no centro do navio, que
abrange 3 andares. No fim da noite, para os mais guerreiros, animadas festas
temáticas!
Neste cruzeiro participamos de uma Festa Silenciosa. Você já conhecia? Eu nunca tinha ouvido falar de tal coisa!
Como funciona: Ao entrar na festa, cada um recebe um fone
de ouvido sem fio no qual há botões para seleção da estação de músicas que se deseja ouvir,
podendo mudar a qualquer momento. Músicas estas que estão sendo performadas em
um palco, ao vivo, por três DJ’s. Cada DJ é iluminado por uma cor e, os fones
daqueles que estão ouvindo as músicas de determinado DJ, iluminam-se com a cor
deste! Sensacional!
·
Algumas
opções de comida no navio são pagas à parte. No Costa Smeralda, de origem
italiana, havia gelaterias Amarillo, com gelatos a partir de 2 euros. Os preços
não eram muito altos, mas nos surpreendeu na Costa o fato de os fast-foods
próximos às piscinas serem cobrados à parte. Por outro lado, experimentamos e a
qualidade é superior e os preços atrativos (ex: Cheeseburger “duplo bacon” por
3 euros.)
·
O
nosso quarto era simples e funcional e atendeu bem no pouco tempo que passamos
nele. Passeávamos o dia todo e, quando voltávamos, sempre havia um
"jornalzinho" com a programação e informações importantes para o dia
seguinte. Na TV também havia canais que mostravam o mapa, o clima na área
externa, informações sobre restaurantes, SPA, etc... Tudo muito
conveniente e pensado para o conforto do passageiro.
Jantar estrelado
Os navios da Costa oferecem uma opção de jantar em um
restaurante com menus assinados por três chefs premiados com estrelas Michelin.
As especialidades são: italiana, espanhola e francesa.
Reservamos uma noite neste restaurante para conhecermos o menu degustação. Eu escolhi o menu francês e meu marido o
espanhol. Ambos foram divinos e a noite divertidíssima. Cada prato era
harmonizado com um vinho diferente. Ainda que pago à parte, valeu muito a pena
experimentar.
Um último detalhe do navio da Costa que não poderia
ficar de fora: Sou suspeita para falar, pois gosto muito... Há um bar temático
Aperol Spritz! Espetacular! Inclusive, em um dia tivemos uma aula de como
preparar o Aperol Spritz perfeito!
Passeios em terra
Em todos os portos há oferta de excursões em terra. No
nosso caso, preferimos planejar e executar todos os passeios do nosso jeitinho.
Desta vez, teve de tudo! Tomamos ônibus, táxi, trens, além de alugar eBikes, moto
e carro. Em cada porto uma solução adequadamente pensada.
Porto
de partida: Barcelona
Chegamos em Barcelona no
dia que antecedia nosso embarque no navio, logo neste primeiro contato, pouco
desfrutamos. Neste dia e no seguinte era feriado local e as lojas estavam
fechadas. Por outro lado, era um dia festivo e rapidamente entramos no clima
desta cidade, sempre tão viva e jovem.
Conheceríamos as atrações
de Barcelona ao término do cruzeiro, quando passaríamos dois dias inteiros
dedicados à capital da Catalunha.
Enfim, não dá para falar tudo
sobre esta cidade incrível e emocionante neste post. Precisarei criar um outro,
só para ela. De antemão, um pequeno resumo para os mais afoitos:
A maior parte do trabalho
de Gaudí está localizada em Barcelona, incluindo sua obra mais famosa, a
Sagrada Família.
Uma boa
estratégia de hospedagem em Barcelona é escolher um hotel próximo a Las
Ramblas, o mais próximo possível da Plaça de Catalunya. A partir daí, nas
proximidades, temos o bairro Gótico, com praças incríveis e a bela catedral de
Barcelona.
A própria “Las Ramblas”, uma via que prioriza os pedestres e vai da Plaça de Catalunya até o porto, é uma atração à parte. Muito movimentada, repleta de lojas de souvenirs, restaurantes de tapas e manifestações culturais. Passear por Las Ramblas é imperdível.
Para experimentar a deliciosa culinária catalã, sugiro o pequeno restaurante Bodega Oliva. Peça o menu de tapas e se surpreenda com as especialidades do chef.
1º porto: Palma de Maiorca (Espanha)
Após uma primeira noite explorando o navio, na manhã
seguinte, atracamos na ilha de Palma de Maiorca, vizinha à Ibiza. Nosso objetivo
era conhecer o centro histórico, cartão postal da cidade, e alguns balneários.
Para tanto, alugamos uma moto e nos aventuramos pela ilha. Como tivemos que passar por autoestradas, no início foi desconfortável, mas a conveniência do veículo compensou a falta de conforto. O aluguel da scooter custa cerca de 40 euros por dia.
Primeiro fomos aos balneários de Palma Nova e Pegueira,
onde comemos uma pizza à beira mar.
Em seguida, fomos ao Centro Histórico – memorável
cartão postal de Palma.
2º porto: Palermo, Sicília (Itália)
O 2º dia do cruzeiro foi de navegação e pudemos
acordar tarde e aproveitar bastante o navio.
No 3º dia, desembarcamos em Palermo, capital da ilha
italiana da Sicília, cidade a qual considero o melhor destino deste roteiro.
O essencial seria conhecer o centro histórico da
cidade, mas também queríamos ir à praia de Mondello, distante 10km. Alugamos eBikes
e seguimos direto para o balneário, que é um paraíso na Itália. Após alguns
mergulhos e muitas fotos, rumamos ao Centro Histórico, repleto de atrações.
As principais atrações do centro são:
Teatro Massimo Vittorio Emanuele, um dos principais
cartões postais da cidade.
Mais conhecido como Teatro Massimo, inaugurado em 1897
é a maior Ópera da Itália e terceira maior da Europa. No último quesito, só
perde para a Ópera Garnier, em Paris, e para a Ópera de Viena. Curiosidade: Uma
das cenas mais importantes da trilogia de “O Poderoso Chefão” foi gravada lá.
Quattro Canti: Cruzamento das Vias Vittorio Emanuele e Maqueda, onde se destacam as fachadas das quatro esquinas, perfeitamente simétricas e trabalhadas no estilo barroco.
A Fontana Pretoria, construída em 1.555, é mais
conhecida em Palermo como a “Fonte da Vergonha”. Alguns dizem que o apelido tem
a ver com as estátuas nuas colocadas justamente na frente de um convento.
Porém, muitos alegam que a vergonha vem dos escândalos de corrupção envolvendo
a sua construção, já que a obra teria sido extremamente cara e feita durante
uma peste.
Catedral de Palermo
Uma das igrejas mais bonitas da Itália, especialmente
pela sua arquitetura externa.
Construída inicialmente em 1.185, a Catedral de
Palermo sofreu várias alterações pelos diversos povos que dominaram a Sicília,
por isso não tem um estilo arquitetônico único e dominante. Ainda assim, é
possível identificar referências árabes, góticas, barrocas e neoclássicas.
Mercado di Ballaró
Estava nos nossos planos, mas não tivemos tempo de
conhecer o tradicional Mercato di Ballarò, no coração do centro
histórico. O mercado conta com várias barracas comerciais, pequenos restaurantes de frutos do mar, boas
massas e arancine.
“Faltou tempo aqui”... foi o sentimento que tive ao retornar ao porto. A cidade é muito linda e este dia deixou um gostinho de quero mais.
Finalmente, deixo uma dica de pizza siciliana: Timilia, localizada na Via Roma. 493.
3º porto: Civitavecchia (Itália)
Este é o porto utilizado para visitas à Roma, mas,
como estivemos na capital italiana em 2019, optamos por alugar um carro e conhecer
a cidade onde ocorreu o primeiro conclave e uma outra que é conhecida por estar
“morrendo”. As dicas ajudaram?
Estamos falando de Viterbo (60km de Civitavecchia) e Civita
di Bagnoregio (27km de Viterbo).
Viterbo é conhecida como a cidade dos Papas, pois no
século XIII, muitos pontífices tinham residência de campo por lá, passando mais
tempo nesta cidade do que no próprio Vaticano.
Viterbo é muito fácil de visitar. Deixamos o carro em
um estacionamento público, gratuito, atrás do Palácio dos Papas. De lá, fizemos
uma espécie de circuito, a pé.
Passamos por vários pontos de interesse, dos quais
destaco o palácio dos Papas e o Quartiere San Pellegrino.
Antes de partirmos para Bagnoregio, almoçamos
na “La Spaghetteria di Viterbo”, integrante do Guinness Book of Records
desde 1984, com mais de 300 receitas de espaguete.
Civita di Bagnoregio
Voltamos à estrada rumo à “cidade que
morre”, como é conhecida.
Civita di Bagnoregio é uma belíssima
localidade, ligada a Bagnoregio apenas por uma ponte. Nesta cidade nasceu São Boaventura,
em 1274 e a casa onde cresceu, há muito tempo já caiu do precipício. Por volta
do século XVI, Civita estava começando a diminuir e, no final do século XVII, o
bispo e o governo municipal foram forçados a se mudar para Bagnoregio devido a
um grande terremoto, acelerando o declínio da cidade.
No século XIX Civita foi se
transformando em uma “ilha” e o ritmo da erosão acelerada chegou na área onde a
ponte hoje está localizada. Bagnoregio continua como uma próspera cidade
pequena, enquanto Civita tornou-se conhecida como che il paese muore (em
italiano: "a cidade que morre"). Civita só recentemente foi
experimentando um renascimento do turismo. A população residente hoje varia
entre cerca de 12 pessoas no inverno, e mais de 100 no verão.
Devolvemos nosso carro e voltamos ao porto de Civitavecchia sob este por do sol encantador 😍.
4º porto: Savona / Genova (Itália)
Em nossa última parada pela Itália, Savona, optamos por tomar um trem até Genova (30min), terra de Cristóvão Colombo.
Os trajetos “porto de Savona/estação
de trem de Savona” e “estação de trem de Genova/atrações de Genova” são muito agradáveis e tranquilos de se fazer a pé.
Em vários momentos Genova nos remeteu à Nápoles, com seus becos apertados e antigos, repletos de varais esticados, contrastando com praças e edificações monumentais e uma orla muito agradável. Além da ótima pizza, claro!
Assim que saímos da estação de Piazza
del Principe seguimos pela Via Garibladi, rua histórica, com residências
palacianas, onde pudemos contemplar igrejas e diversos palácios, como o
Grimaldi dela Meridiana, Doria Tursi, Rosso, dentre vários outros.
Chegamos ao Porto de Genova, onde
encontramos uma feira de artesanato e iguarias gastronômicas, o Aquário de
Genova, o elevador panorâmico Bigo e a Biosfera, uma atração inusitada que
salta aos olhos na paisagem.
Seguimos a pé para a Piazza di
Ferrari – um trajeto incrível, com paradas na Catedral de Genova e na Casa de
Cristóvão Colombo.
A Piazza di Ferrari foi o local que
mais me impressionou em Genova. É um daqueles lugares em que tiramos 30 fotos,
de todos os ângulos, sabe? Dá vontade de sentar-se em um banco, tomando um bom
gelato e ficar apreciando cada detalhe das edificações e monumentos.
Retornamos para a estação de trem,
rumo a Savona, onde estava nosso navio.
Após desembarcar do trem, o passeio a
pé, pela orla, da estação de Savona ao porto é uma atração à parte!
5º porto: Marselha (França)
Marselha é a segunda cidade mais
populosa da França e a mais antiga cidade francesa.
Localizada na
antiga província da Provença e na costa
do Mediterrâneo, possui o maior porto comercial do país.
Após desembarcarmos no porto, tomamos
o ônibus oferecido pelo navio que nos deixou próximo ao porto velho da cidade,
que já é um dos principais pontos turísticos de Marselha. Lá, além da vista de
uma infinidade de barcos ancorados, temos um calçadão repleto de lojas e restaurantes
que nos convida a um passeio.
A primeira atração que nos deparamos
é a belíssima Catedral de Marselha.
Interior da Catedral de Marselha
Logo após uma breve caminhada, chegamos ao famoso MuCEM, um museu bastante peculiar, envolto em uma enorme estrutura metálica, toda trabalhada.
Continuamos para o Porto Velho, de onde partem barcos para o Castelo d’If, uma das principais atrações da cidade, famoso por sua descrição no famoso livro “O conde de Monte Cristo”.
Após algumas voltas, tomamos um
ônibus para a Notre Dame de la Garde, que não fica muito longe, mas no alto de
um morro considerável - as pernas agradecem.
Lá de cima as vistas de Marselha são espetaculares!
Voltamos ao Porto Velho, onde haviam
montado uma grande estrutura de fan party para receber os visitantes que
enchiam a cidade para o Copa do Mundo de Rugby.
Após explorarmos a tal festa,
seguimos de metrô para o imperdível Longchamp Palace, que rende fotos
esplêndidas.
Nas proximidades da Catedral de
Marselha – esta sim, impressionante por fora – passamos rapidamente pelo bairro
Panier, cheio de pequenas ruas que sobem e descem, bastante agradável para
passear.
Assim, nos despedimos de Marselha e,
no dia seguinte do Costa Smeralda. Desembarcamos em Barcelona, onde encerramos
esta viagem inesquecível.