Cruzeiro pelo mar Báltico com a NCL
Passada a pior fase da pandemia e com as vacinas em dia, após três cancelamentos nos últimos dois anos, finalmente pudemos fazer o tão sonhado cruzeiro pelo mar Báltico. No início de 2022, quando tudo parecia estar caminhando para dar certo, com a invasão da Ucrânia pela Rússia ainda foi preciso realizar uma última remarcação e, infelizmente, devido às circunstâncias, a tão sonhada São Petersburgo ficou fora de nosso roteiro. Um pouco frustrante no início, mas com final feliz!
Nosso cruzeiro foi em agosto de 2022, pela NCL – Norwegian Cruise Line.
Esta foi
minha estreia em navios e surpreendeu bastante positivamente.
Nossa
rota iniciava em Copenhagen, na Dinamarca, com paradas na Alemanha, Polônia,
Lituânia, Letônia, Estônia, Finlândia e Suécia.
Para
elegermos este roteiro, nossos principais critérios foram:
1)
saída de Copenhagen; e
2)
mínimo possível de dias de navegação (dias sem paradas em portos).
Neste
roteiro não havia nenhum dia sem parada portuária. O tempo de navegação sempre
iniciava no entardecer, víamos o pôr do sol em auto mar e na manhã seguinte já
estávamos ancorados em um país diferente. Já imaginou? 😀
Um ponto que não poderia deixar de mencionar é que neste tipo de viagem é possível percorrer 9 cidades em 8 países, em apenas 10 dias, sem o "paranauê" de check-in/check-out, arrastar mala, correr para a estação, etc. Afinal, em um cruzeiro, você desfaz a mala uma única vez e sua “acomodação” te acompanha além-mar! Muitas atrações e pouco estresse 😎.
Bom,
vamos ao que interessa! Após dois dias explorando Copenhagen, embarcamos no
navio Down, da NCL. A estrutura era fantástica, com várias opções de
restaurantes, bares, entretenimento e atrações culturais e artísticas. As
refeições estavam incluídas, com excelentes opções “a la carte” para os
jantares. Havíamos adquirido o pacote de bebidas e não nos arrependemos, pois
ao consultar os cardápios, vimos que os valores eram bem salgados, na faixa de
U$10 a U$15 cada drink. Não daria para relaxar, não é?
Adquirimos
também um jantar em um dos restaurantes de especialidades. Reservamos o francês
“Le Bistro” e apreciamos um excelente Tournedos Rossini. Foi ótimo, claro, mas
pela qualidade dos pratos e serviços que vimos nos restaurantes “a la carte”
que estão incluídos no cruzeiro, não creio que haja necessidade de pagar a mais
pelos restaurantes de especialidades.
Quanto às atrações, sempre havia algo acontecendo. Jogos de perguntas, bingo, cassino, aulas esportivas, música no piano bar etc. No entanto, o que mais nos atraia eram os shows na área da piscina, que ocorriam por volta das 16h/17h, as apresentações no teatro – surpreendentemente boas, algumas lembravam as de Las Vegas ou o Cirque du Solei – sempre às 20h, e os shows da Banda Sea Shakers, à noite, na boate.
O quarto era simples e funcional e atendeu bem no pouco tempo que passamos nele. A camareira era extremamente simpática e o arrumava 2 vezes por dia. Quando voltávamos dos passeios, no fim da tarde, sempre havia um "jornalzinho" com a programação e informações importantes para o dia seguinte. Na TV também havia canais que mostravam o mapa, o clima na área externa, informações sobre restaurantes, SPA, etc...
Passeios
em terra
Para
quem tem pique, gosta de caminhar e não liga de utilizar transportes públicos,
não há necessidade de adquirir no navio as excursões em terra, geralmente muito
caras. No meu caso, adoro planejar roteiros e explorar as cidades como os moradores
locais e as excursões não fizeram falta em nenhuma parada.
Porto de partida: Copenhagen
Chegamos à capital da Dinamarca 2 dias antes da data de embarque no navio. Este prazo, além de ser fundamental para nos ambientarmos e conhecermos a cidade de partida, nos salvou em um grande imprevisto: Nossas malas foram extraviadas pela companhia aérea e ficamos mais de 30h com a roupa do corpo 😧. Graças a este breve prazo antes do embarque no navio conseguimos reaver nossas bagagens em tempo de partirmos tranquilos no cruzeiro.
Copenhagen é uma cidade cheia de atrações e extremamente cara (complicado ficar muitos dias). Tivemos um dia e meio para conhecê-la, um pouco prejudicado pela questão da bagagem, mas conseguimos aproveitar bastante.
1º porto:
Warnemunde e Rostock (Alemanha)
Após uma primeira noite explorando o navio, na manhã seguinte, tivemos nossa primeira parada na Alemanha. O porto fica em Warnemunde, que é bonitinha e tem até praia, mas sem muitas atrações.
2º porto:
Gdynia e Gdansk (Polônia)
3º porto: Klaipéda (Lituânia)
Esta
foi a parada mais sem graça do roteiro. Não tinha muitas atrações na cidade e
quando havia, eram distantes e abaixo da expectativa. A dica aqui é conhecer
somente os pontos mais próximos ao canal, onde está ancorado um charmoso barco
a velas - restaurante.
Dia de
retornar mais cedo para o navio, descansar e aproveitar as atrações de lá
também!
4º
porto: Riga (Letônia)
Na
manhã seguinte chegamos a Riga com grandes expectativas. A cidade é incrível e
cheia de atrações.
5º
porto: Helsink (Finlândia)
Tínhamos
dois dias para conhecer a capital da Finlândia. Lá o porto fica um pouco mais
afastado das principais atrações, mas assim que descemos do navio, avistamos placas
ofertando transfer de ônibus para a área central da cidade com saídas a cada
20min. Uma mão na roda! (Ida e volta por 9 euros).
Optamos
por aproveitar bastante este dia, indo pela manhã à famosa ilha de Suomelinna e,
à tarde, percorrendo as principais atrações de Helsink, que incluem a linda
catedral, a animada praça do mercado, o museu Ateneum e a Catedral ortodoxa
oriental Uspenski, feita de tijolos vermelhos.
No dia
seguinte, demos um descanso para as pernas e passamos o dia no navio, afinal estávamos
caminhando, em média, 15km por dia e esta pausa foi muito bem-vinda.
6º
porto: Visby (Suécia)
Visby é a capital da ilha sueca de Gotland, destino de verão de muitos nórdicos. Lá a história da era viking se encontra com uma paisagem natural encantadora e ao entrar na ilha, parece que voltamos no tempo.
Por sorte, nosso navio atracou em Visby em um domingo e fomos agraciados com uma feira medieval muito interessante. Tanto os vendedores quanto os visitantes trajavam roupas medievais. Havia crianças, bebês e adultos descalços pelo chão arenoso, artefatos medievais expostos e cortes rústicos de carne sendo assados em fogueiras. Enfim, parecia uma cena de filme.
A
Estônia é dos três Países Bálticos (Lituânia, Letônia e Estônia) o que fica
mais ao norte. Ainda bem que fomos no verão, caso contrário o frio seria “cortante”.
O
centro histórico da capital Tallinn é muito bem conservado, com muralhas,
torres medievais e passagens antigas, revestidas em pedra.
A praça
principal, onde fica a prefeitura, é o ponto alto da cidade, mas seguir
pela Rua Viru até o Viru Gate também é surpreendente.
O Viru
Gate é um dos principais acessos à cidade velha
8º
porto: Estocolmo (Suécia)
Na
capital da Suécia se encerrava nosso cruzeiro. Aportamos cedo, tomamos um belo
café da manhã e desembarcamos. A saída do navio é simples e sem burocracia. É possível solicitar o desembarque das malas antes do café e, em
seguida, se dirigir “leve” ao saguão do porto.
Após o desembarque, tomamos um ônibus para o centro de Estocolmo. Deixamos as malas no hotel e seguimos para as principais atrações. Tínhamos apenas este dia para revirarmos uma cidade incrível, que merecia pelo menos três dias inteiros.
Fim de uma jornada intensa e marcante, do jeitinho que a gente gosta! ✌
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