Translate

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Roteiro de 8 dias pela Suíça


Este pequeno país, localizado na área central do continente Europeu, faz fronteira com algumas das nações mais visitadas do mundo, como França, Itália, Alemanha e Áustria e contempla em seu território grande parte dos Alpes.


Lucerna

Não sei se por ser tão peculiar, não compor a União Europeia ou, simplesmente por ser tão caro, demorei tanto para conhecer esta maravilha.

Tínhamos 8 dias para extrairmos o que de melhor a Suíça tinha para nos apresentar. Como não dispúnhamos de um prazo tão amplo quanto gostaríamos e nossas passagens haviam sido compradas com chegada e retorno por Zurique, decidimos pelo seguinte circuito:

Nosso roteiro de viagem


1º dia: Chegada em Zurique às 13h
2º dia: 12h sair de Zurique rumo a Berna
3º dia: 10h sair de Berna para Lausanne, passando por Gruyères
4º dia: 9h sair de Lausanne, passar por Vevey e Montreux e pernoitar em Zermatt
5º dia: Esqui em Zermatt
6º dia: 10h saída de Zermatt para Lucerna, passando por Interlaken
7º dia: Lucerna
8º dia: 17h partir de volta para Zurique. 
Nosso voo seria no dia seguinte bem cedo

Roteiro desta viagem
(Clique para ampliar)


Este se mostrou um bom roteiro e funcionou muito bem, apesar de termos feito algumas adaptações devido aos imprevistos climáticos.

Viajamos no final do mês de Outubro. Não buscávamos muito frio, mas queríamos um bom clima para perambular pelas cidades e, quem sabe, um pouco de neve na região montanhosa que visitaríamos - Zermatt. A propósito, em função dos glaciers de neves eternas existentes em algumas das montanhas mais altas dos Alpes Suíços, é possível esquiar por lá até mesmo no verão.

Outono na Suíça
Berna


Havíamos consultado a previsão do tempo e não haveria chuva no nosso caminho, no entanto, uma frente fria atingiu a região. Para a nossa alegria, nevou na pequena vila de Zermatt, no entanto, enfrentamos dois dias chuvosos.

Vamos às peculiaridades suíças:

O país é incrível e vale a pena ser visitado com tempo. 

Lago Lucerna


Além das cidades e vilas típicas e encantadoras, as belezas naturais são indescritíveis. A grandiosidade dos Alpes, as cores do outono e as águas cristalinas dos rios e lagos são de tirar o folego.

Lago Léman - Lausanne


Em todas as cidades que visitamos havia um lago ou um rio e, ao ver o quão cristalinas eram as águas, mais impressionados ficávamos. E, acostumados com uma realidade tão diferente no Brasil, sentíamos até uma pontinha de inveja.

E então? Será que este lugar não tem defeitos?

Bom, digamos que para nós que não somos milionários, há: Como a Suíça é cara! Certamente é, de longe, o lugar mais caro que já visitei. As despesas locais com hospedagem, estacionamento, alimentação e atrações são aproximadamente duas a três vezes mais elevadas do que a média do restante da Europa.

Enquanto na França ou Espanha, por exemplo, há opções de almoço de menu com entrada, sobremesa e bebida por 12 euros (cerca de 50 reais na cotação do dia), na Suíça, somente o prato custa em média 38 francos (cerca de 150 reais na cotação do dia) e uma taça de vinho, outros 7 francos. Resumindo, este é um ótimo local para se conhecer os supermercados e regrar os jantares e cafés da manhã dos hotéis.

Na Suíça são falados quatro idiomas:

·         Alemão (Ex.: Berna, Zurique, Lucerna, Zermatt e Interlaken);
·         Frances (Ex.: Genebra, Gruyères, Lausanne e Montreux);
·         Italiano (Ex.: Lugano), e;
·         Romanche, uma mistura de italiano com latim, muito pouco utilizada.

Em nenhuma cidade visitada tivemos dificuldade utilizando o inglês. Em geral, o povo suíço é bastante cortês e atende bem ao turista.

Optamos por alugar um carro e ficamos muito impressionados com a educação no trânsito por parte dos motoristas.

Em geral as pessoas que visitam a Suíça preferem adquirir o Swiss Pass – uma espécie de passaporte para utilização em praticamente toda a rede de trens local, que por sinal, funciona perfeitamente. Este bilhete também lhe dá direito a utilizar os barcos (ferries) do lago Lucerna. O que não está incluído é a passagem do trem de Interlakem que vai até o Top of Europe. No entanto, os portadores do Suiss Pass têm um bom desconto na aquisição deste bilhete.

Saída dos ferries em Weggis, no Lago Lucerna


Escolhemos o carro pensando que economizaríamos e na flexibilidade que esta modalidade nos traz. Após voltarmos e contabilizarmos o valor altíssimo que gastamos com estacionamentos e uma multa por desconhecimento de sinalização, concluo o seguinte:

·         Caso esteja viajando sozinho, certamente a melhor opção será adquirir o Swiss Pass.

·      Para duas pessoas, a opção do carro alugado se torna ligeiramente mais em conta e tem se o ganho do conforto e flexibilidade.

·         Para mais de duas pessoas, certamente alugar o carro se tornará a opção mais econômica.

Ao fazermos o check in nas cidades de Berna, Lausanne e Lucerna recebemos um passe livre para os meios de transporte da cidade. Muito interessante.

Gastronomia


Mesmo estando neste país de preços tão elevados para as refeições, obviamente não poderíamos deixar de provar pratos típicos como o Fondue de queijo e a Raclette (Prato servido com queijo derretido, batatas ou pães e uma espécie de conserva de legumes).

Fondue de queijo

Raclette com pães

Raclette com batatas

Nos supermercados da rede Coop, que você encontra em quase todos os lugares, compramos queijos e chocolates com preços mais acessíveis. Também experimentamos vinhos suíços tinto e branco, de sabores agradáveis e suaves.



Cidades visitadas


Zurique

Zurique


É possível conhecer os principais pontos de Zurique em apenas uma tarde. Em geral, as cidades da Suíça são pequenas o que permite ao turista conhecer vários locais em poucos dias.

Zurique

Há um belo rio cortando a cidade, o rio Limmat, onde cisnes e gaivotas dão um charme especial e atraem diversas pessoas para fotografarem ou simplesmente apreciarem a paisagem.

Rio Limmat - Zurique


Nos hospedamos próximo à Ópera e de lá partimos a pé para conhecer o Centro Histórico. As torres pontiagudas das igrejas às margens do rio garantem belíssimas paisagens.

Zurique - Ópera

Zurique

Atravessamos uma ponte, passamos pela Banhofstrasse, rua das lojas chiques da cidade, entramos na Estação Central de trens, que ostenta a famosa obra de arte Guardian Angel, presa ao teto através de cabos. A escultura é obra da escultora francesa-suíça Niki de St. Phalle, e foi um presente para o 150º aniversário da estação. Ela representa as mulheres alegres, liberais e autoconfiantes, sendo uma das obras mais populares da arte contemporânea.

Banhofstrasse

Estação Central de Zurique

Guardian Angel - Estação Central de Zurique


Nessa região vimos muitos carros de luxo e nos lembramos que estávamos em uma das cidades com mais milionários do mundo e também mais cara.

Ainda na Banhofstrasse compramos um chip de internet na loja Sunrise. A proposta deles é muito boa: pagamos 20 francos pelo chip com internet ilimitada pelo período de 7 dias, com a possibilidade de compartilhamento de dados para outros aparelhos, ou seja, somente um plano foi suficiente para duas pessoas e funcionou perfeitamente.

No fim da tarde fomos ao Say Cheese experimentarmos a famosa Raclette e gostamos bastante.

No dia seguinte passeamos pelos arredores do museu da Fifa, onde fica o troféu da Copa do Mundo dentre vários outros itens.

Zurique - Museu da FIFA

Zurique - Museu da FIFA

Zurique - Escada no Museu da FIFA


Berna


No dia seguinte, após finalizarmos nosso passeio por Zurique, fomos de trem até o aeroporto que fica a cerca de 20 minutos de nosso hotel para buscarmos nosso carro alugado.

Zurique - Estação de trens

Dirigimos cerca de uma hora até Berna, deixamos o carro em um estacionamento indicado pelo hotel, e fomos passear.

Berna - Fonte e o Zytglogge (torre do relógio)


Capital da Suíça desde 1848, Berna foi declarada Patrimônio Mundial da Unesco por conta de seu lindo centro histórico.

Muitas das ruas do centro histórico de Berna foram transformadas em grandes calçadões para pedestres. Só é permitido o trânsito de carros locais, ônibus e bondes elétricos (trams).

Berna - ônibus elétrico

Ao passear pela Kramgasse, rua principal do centro histórico, onde se localiza a sasa onde Einstein morou e a torre do relógio, há diversas fontes de água potável. Cada uma dessas fontes tem uma escultura diferente, o que faz delas uma das principais atração turística em Berna. 


Fonte em Berna


Ainda nessa rua, nos deparamos com o Zytglogge, a torre com o relógio astronômico, que, nas horas exatas exibe uma curta apresentação de sinos para os turistas que se reúnem a sua frente.

Fonte da Kramgasse


Torre do Relógio Astronômico (Zytglogge)


Na rua paralela a Kramgasse, temos a bela Catedral de Berna, cuja construção começou em 1421, localizada na Münsterplatz, que também possui uma bela fonte.

Catedral de Berna 

Catedral de Berna vista do parque ao lado


É possível subir na torre da igreja, que é a mais alta da Suíça (344 degraus).


Detalhes da entrada da Catedral


Próximo à Catedral passamos pelo edifício do Parlamento suíço.

Parlamento Suíço 


Seguindo em frente pela Kramgasse, cruzamos uma ponte sobre o rio Aare e logo à direita avistamos o BärenPark, ou parque dos ursos de Berna, aberto o ano todo, com entrada livre.

BärenPark (parque dos ursos de Berna)

 Tivemos a sorte de ver um urso!

Logo à esquerda da ponte há uma rampa de subida para o Parque das Rosas (Rosengarten), um lindo parque onde várias pessoas frequentam pela bela vista e para se divertirem nos gramados.

Subida para o Parque Rosengarten

Parque Rosengarten

Parque Rosengarten

Vista a partir do parque

Gruyères


Neste terceiro dia de viagem, saímos de Berna com um belíssimo céu azul. 

Seriam 65km até Gruyères, onde faríamos uma pequena parada e mais 55km para nosso destino final do dia – Lausanne.

Alguns quilômetros após nossa saída, notamos que o idioma utilizado na sinalização da estrada simplesmente mudou do alemão para o francês. Sem nenhum aviso já estávamos na Suíça Francesa.

As paisagens foram ficando mais montanhosas e vimos as famosas vaquinhas com sinos nos pescoços pastando em campos verdes.

Arredores de Gruyères

Gruyères


Chegamos em Gruyères e posso dizer que esta rápida parada foi um dos pontos altos da nossa viagem. A vista das montanhas, a pequena vila, o queijo, o palácio e o fondue foram marcantes para mim. Era minha mais alta expectativa de Suíça se materializando.

Fábrica de queijo Gruyère

Gruyères


Assim que chegamos nos deparamos com as instalações da fábrica de queijos que também possui um restaurante e um pequeno mercado recheado de itens de cutelaria, lembrancinhas e queijos, claro. Estacionamos por ali, conhecemos o local, que inclusive oferece aos turistas um tour para apreciarem o processo de fabricação do queijo gruyère, e seguimos a pé para a pequena vila.

Artesanato local em Gruyères

Artesanato local em Gruyères


Poderíamos ter subido de carro, pois mais acima também havia vagas gratuitas.

Logo que se passa pela entrada da vila temos uma vista daquelas de cair o queixo.

Vila de Gruyères

Vila de Gruyères


Pequenos restaurantes servindo fondue, lojinhas de lembrancinhas, pousadas e, na outra ponta, um lindo palácio.


Sem dúvida, este foi o melhor fondue das nossas vidas

Palácio de Gruyères (Séc. XIII)

Lausanne


Chegamos em Lausanne por volta das 15h, deixamos o carro em um estacionamento, fizemos nosso check in e fomos passear.

Lausanne é uma das maiores cidades localizadas às margens do Lago Léman e, talvez devido a este fator, em consonância com a quantidade de universitários presentes, este me pareceu um destino mais vibrante do que os demais.


Lausanne - Lago Léman

Conhecida como “a capital olímpica mundial”, Lausanne abriga a sede do Comitê Olímpico Internacional.

Comitê Olímpico Internacional

Lausanne ainda é rodeada por montanhas, vinhedos e, do outro lado do lago, pode-se avisar os Alpes Franceses.


Lago Lèman - Lausanne

Passeamos pelo Centro Histórico, com suas ruas agitadas pelo frenesi dos jovens e dos turistas.

Conhecemos a Catedral de Lausanne. Construída em estilo gótico, ela abriga um enorme órgão de sete mil tubos, que é usado em concertos e eventos.

Catedral de Lausanne

Catedral de Lausanne

Uma curiosidade: Todas as noites, entre 22h e 2h, um vigia noturno cumpre um ritual de mais de 600 anos. Ele sobe até a torre e, após tocar o sino, solta um grito que pode ser ouvido de hora em hora: “Ces’t le guet. Il a sonné 10, il a sonné 10 (É o guardião. São dez horas, são dez horas)”, alterando o horário até o início da madrugada.

Em frente à catedral existe um mirante com vista privilegiada para a cidade. Logo abaixo fica o Museu Histórico de Lausanne.

Vista da cidade a partir da Catedral de Lausanne

Museu Histórico de Lausanne

Próximo ao museu tomamos um metrô para Ouchy, uma linda parte da orla, às margens do Lago Léman. Logo ao desembarcar na estação Ouchy-Olympique você irá se deparar com o bonito Cháteau d’Ouchy.

  
Cháteau d’Ouchy


Após uma breve e agradável caminhada pela orla, chegamos à Sede do Comitê Olímpico. Você não precisa necessariamente pagar para entrar e conhecer as instalações do museu olímpico para curtir o local. Ele se encontra em uma ampla área aberta ao público com inúmeras esculturas em homenagem às modalidades olímpicas, gramados, fontes, dentre outras atrações.



Sede do Comitê Olímpico


Um fato interessante que observamos: Às 19h, praticamente todo o comércio, inclusive os supermercados Coop encerram suas atividades. Perdemos a hora, justo na Suíça, e desta vez tivemos que deixar para comprar nosso café da manhã somente no dia seguinte.

Montreux


Acordamos cedo, pois neste dia teríamos um caminho mais longo a percorrer com destino final em Zermatt onde pernoitaríamos por duas noites.

O tempo havia fechado e chuviscava. Nestas horas que notamos a vantagem da locação do automóvel. Fizemos o check out e o manobrista nos trouxe nosso carro até a porta do hotel. Imaginem em um dia de chuva sair arrastando malas até a estação de trem mais próxima. Até na Suíça, nestes momentos não é agradável depender de transporte público.

Apesar de o GPS nos sugerir passar pela autopista, optamos pela rota que seguia por uma estrada que margeava o Lago Lèman para apreciarmos os famosos vinhedos tombados de Vevey, plantados ao longo das encostas das montanhas.

Vinhedos de Vevey

Pouco antes de chegar em Montreux, fomos até o Castelo de Chillon, localizado em um lugar super agradável e urbanizado da orla, ideal para passear curtindo a paisagem.
Castelo de Chillon

Castelo de Chillon

Castelo de Chillon



Seguimos mais três quilômetros até Montreux, onde os fãs de Freddie Mercury e de sua a banda podem visitar o museu Queen The Studio Experience, que funciona dentro do Casino Barrière Montreux.

Logo em frente, na Orla do lago, há uma famosa estátua do vocalista do Queen.

Estátua de Freddie Mercury (Museu ao fundo)

Como estava chovendo, não passeamos a pé pelo centro de Montreux. Rodamos de carro e logo seguimos viagem.

Zermatt


Após rodarmos mais 140km com curvas, túneis que parecem não ter fim e paisagens estonteantes dos Alpes, chegamos à pequena cidade Tasch. Em Zermatt não é permitida a circulação de automóveis, com exceção de alguns pequenos ônibus e carros elétricos que atendem aos turistas.

Deixamos nosso carro no estacionamento da estação de Tasch e tomamos um trem rumo a Zermatt. Seria uma agradável viagem de 20 minutos até a outra estação, onde o carro do nosso hotel nos aguardava.

Trem rumo a Zermatt

Nosso hotel era muito aconchegante e localizado na beira do rio. Infelizmente não pudemos esquiar, pois a estação estava fechada devido aos fortes ventos. Balde de água fria, ou melhor, gelada...

Ainda bem que estávamos em um excelente hotel e aproveitamos para curtir o SPA e a piscina, além de passeamos um pouco pela pequena vila. Cansados, fomos dormir cedo e notamos que nevava lá fora.

Quarto do hotel Alpenhof Julen Zermatt

Hotel Alpenhof Julen Zermatt
(Chá das 17h)

SPA do Hotel Alpenhof Julen Zermatt

Hotel Alpenhof Julen Zermatt


Amanhecemos com esta vista de nossa janela:

Zermatt


As coisas são assim... Não pudemos esquiar, por outro lado, a mudança climática nos presenteou com neve em Zermatt, o que não estava previsto.

Neve no teto solar do nosso quarto

Como reservamos nossa hospedagem diretamente com o hotel, tínhamos algumas regalias, como o empréstimo de e-bikes sem custo.

Foi nossa primeira vez em bicicletas elétricas e, também nossa estreia pedalando com neve. Foi uma experiência sensacional. Conhecer esta bicicleta top e a sensação de liberdade que o ciclismo nos proporciona fizeram toda a diferença neste dia, que inicialmente seria dedicado ao esqui.


Passeio de bicicleta elétrica em Zermatt


No dia seguinte voltamos à estrada rumo a Lucerna. Minha tristeza nesta passagem por Zermatt foi despedir desta vila tão graciosa sem ter conseguido avistar a famosa Matterhorn, aquela montanha que estampa as embalagens do chocolate Toblerone e é símbolo de Zermatt. A nebulosidade não foi nossa amiga.

Nossa visão de onde estaria a Matterhorn

Matterhorn em um dia claro
Fonte: www.tunliweb.no

Dirigimos com neve até sairmos dos arredores de Zermatt, quando uma chuva fina passou a nos acompanhar. Seria o dia em que rodaríamos mais nesta viagem, porém com duas paradas muito esperadas: Lago Blausse e Lauterbrunnen, próximos à Interlaken.

Dirigir pelos Alpes é uma experiência bem interessante, onde passamos por trechos de inúmeras curvas, tuneis de três, às vezes quatro quilômetros, e até mesmo chegamos em um trecho em que nosso carro adentraria em um vagão de trem para uma viagem de 30 minutos por um túnel escuro. Coisas da Suíça.

Saída de Zermatt para Interlaken

Trajeto de Zermatt a Interlaken

Trajeto de Zermatt a Interlaken

Trajeto de Zermatt a Interlaken (trem para carros)


No caminho para Interlaken, fizemos uma pequena pausa nesta pérola da natureza, chamada Parque Blausse, onde após uma pequena caminhada por um bosque magnífico, avistamos um lago que, sinceramente, não parece de verdade. Foram os oito francos, por pessoa, mais bem pagos nesta viagem.

Parque Blausse

Lago Blausse

Lago Blausse

Lago Blausse

Lago Blausse


Seguimos para Interlaken, nos dirigindo diretamente para conhecer a famosa cachoeira de Lauterbrunnen. 

Estamos falando da queda d’agua mais alta da Suíça e, pasmem, fica na beira de uma pequena vila. Quando a avistamos de nosso carro, precisei de alguns segundos para acreditar.

Cachoeira de Lauterbrunnen


É possível subir até aproximadamente a metade da cachoeira por uma escadaria assustadora, mas muito segura. Creio que o medo que senti se deu devido aos trechos mais escuros e gotejantes.


Subida por trás da Cachoeira de Lauterbrunnen

Cachoeira de Lauterbrunnen

Vista por trás da Cachoeira de Lauterbrunnen


Lauterbrunnen


Interlaken


Passando por Interlaken a chuva deu uma trégua e descemos do carro para passear. Estacionamos próximo à Schlosskirche e caminhamos por uma rua que nos pareceu mais agitada. 


Schlosskirche


Interlaken


Na margem direita passamos pelo Cassino, um hotel muito chique, um restaurante da rede americana Hooters e várias opções de comércio. No outro lado havia um vasto gramado repleto de turistas fotografando algumas típicas e fofas vaquinhas suíças. Claro que também fomos até lá enlamear nossas botas.

Interlaken

Interlaken

Interlaken


Interlaken, como seu próprio nome diz, está localizada entre dois lagos. 

Sua principal atração é a montanha Jungfrau.

O passeio mais famoso de Interlaken e, sem dúvidas, um dos mais famosos da Suíça é a subida até o Top of Europe, em Jungfraujoch - a estação de trem mais alta da Europa. Quando você finalmente chega até o topo da Jungfrau, estará a 3.454 metros de altitude, ou seja, até o ar se torna mais rarefeito.

O passeio até a Jungfraujoch é longo e intenso e recomenda-se separar um dia apenas para isso. O tempo total do trajeto de Interlaken até o topo da Jungfraujoch, com as trocas de trem, leva cerca de 3 horas. Considere o mesmo tempo para a volta e reserve ao menos 2 horas para explorar o complexo turístico ao chegar por lá.

Interlaken - Jungfraujoch Top of Europe
(Fonte: www.mylittleadventure.pt)


Não realizamos este passeio pois o clima estava ruim e provavelmente a bela vista dos Alpes estaria encoberta e já havíamos tido uma bela experiência de neve/montanha em Zermatt. Além disso, o custo da passagem para o Top of Europe é bem salgado (CHF200 ou R$800 por pessoa).

Após fotografarmos as vaquinhas, seguimos para Lucerna. Seriam mais 80km até nossa última cidade a ser visitada nesta viagem.

Lucerna


A chuva, as curvas sinuosas e um trânsito surpreendentemente pesado na entrada de Lucerna atrasaram nossa chegada. Acabamos nos atrapalhando um pouco, pois nosso hotel se localizava em uma região onde carros não são permitidos e após alguns desencontros com nosso GPS, estacionamos o carro em um lado do rio, cruzamos a ponte sob chuva fina e logo estávamos realizando o check in. No balcão, fomos informados que poderíamos ter chegado com o carro e um manobrista o estacionaria. Como estávamos cansados e muito mais preocupados em jantar do que com a localização do nosso carro, deixamos para resolver esta questão no dia seguinte.

Vista da janela do nosso quarto


Jantamos em uma pizzaria chamada Made in Sud, localizada a alguns quarteirões de onde deixamos o nosso carro. Não sou de indicar locais para refeições, pois com o tempo a qualidade e serviço podem sofrer alterações, mas, como se tratou da pizza mais gostosa que já experimentei em toda a minha vida, achei que valia a pena o registro.

No dia seguinte lá estávamos novamente para almoçar.


Restaurante Made in Sud

Restaurante Made in Sud



Lucerna foi para mim outro destaque da viagem, assim como Gruyères e a inesperada neve em Zermatt.

A cidade é grande para o porte suíço e extremamente bonita.

Lucerna vista a partir do lago, com a Hofkirche iluminada ao por do sol


Lindas pinturas nas faixadas dos prédios históricos dão todo um toque especial à arquitetura local.

Lucerna

Lucerna

Lucerna


A Ponte da Capela é o cartão postal da cidade. Em suas proximidades temos um movimentado calçadão à beira do lago onde muitas pessoas passeiam ou simplesmente relaxam.

Ponte da Capela

Ponte da Capela


Esta é a ponte coberta mais antiga da Suíça e a sua história é retratada em belas pinturas que podemos admirar enquanto caminhamos por ela. Como não foi construída em linha reta, é possível fazer lindas fotos da mesma durante a travessia.

Ponte da Capela


Caminhamos por uma muralha que no passado tinha funções de segurança para os moradores de Lucerna. Ela possui diversas torres e pudemos subir em algumas delas.

A torre mais conhecida abriga uma espécie de museu do relógio e nos proporciona uma bela vista da cidade.


Torre do relógio


Visitamos o monumento do leão, localizado em um parque cuja maior parte se encontra em obras e a Hofkirche, igreja mais marcante da cidade.

Monumento do leão

Hofkirche


No dia seguinte, que seria nosso último dia de passeio, fomos presenteados com um céu azul em grande parte do dia.

Excelente oportunidade para realizarmos o imperdível passeio pelo lago Lucerna.

A pequena estação portuária de onde saem os navio se localiza bem próximo à Ponte da Capela e à estação de trem.

Após realizarmos nosso check out no hotel e deixarmos nossas malas no carro, compramos nossos bilhetes que permitiam embarques e desembarques em várias cidades. Em cada ponto de parada, a cada uma hora, aproximadamente, há a chegada de um barco.

Fomos de Lucerna a Vitznau em aproximadamente 50 minutos que mais pareceram cinco. Ficamos tão encantados com o luxo, conforto e requinte do iate de cinco andares, que passamos quase todo o tempo perambulando por ele e tirando fotos das paisagens.

Passeio de barco pelo lago Lucerna

Passeio de barco pelo lago Lucerna

Passeio de barco pelo lago Lucerna

Passeio de barco pelo lago Lucerna

Passeio de barco pelo lago Lucerna

Orla de Vitznau, no lago Lucerna


Em Vitznau passeamos um pouco pela bela orla, almoçamos e embarcamos no próximo barco.

Vitznau, no lago Lucerna

Vitznau, no lago Lucerna


Desta cidade partem bondinhos para o alto da montanha Rigi.

Desembarcamos em Weggis e passeamos pela orla.

lago Lucerna

Weggis, no lago Lucerna


Tomamos um novo barco de volta ao porto e chegamos em Lucerna no fim da tarde. Seguimos nossa viagem de carro rumo a Zurique e pernoitamos em um hotel próximo ao aeroporto.


Retorno para Lucerna, ao por do sol

Na manhã seguinte, nosso voo partiria cedo rumo ao Brasil.

Assim finalizamos nossa viagem, com um gostinho de quero mais, de queijo, de vinho e de chocolate, claro.


Se tiverem dúvidas ou comentários, basta colocá-los logo abaixo! : )


Nenhum comentário:

Postar um comentário