Este pequeno país, localizado na área central do continente Europeu, faz
fronteira com algumas das nações mais visitadas do mundo, como França, Itália,
Alemanha e Áustria e contempla em seu território grande parte dos Alpes.
Lucerna
Não sei se por ser tão peculiar, não compor a União Europeia ou, simplesmente por ser tão caro, demorei tanto para conhecer esta maravilha.
Tínhamos 8 dias para extrairmos o que de melhor a Suíça tinha para nos
apresentar. Como não dispúnhamos de um prazo tão amplo quanto gostaríamos e
nossas passagens haviam sido compradas com chegada e retorno por Zurique,
decidimos pelo seguinte circuito:
Nosso roteiro de viagem
1º dia: Chegada em Zurique às 13h
2º dia: 12h sair de Zurique rumo a Berna
3º dia: 10h sair de Berna para Lausanne, passando por Gruyères
4º dia: 9h sair de Lausanne, passar por Vevey e Montreux e pernoitar em
Zermatt
5º dia: Esqui em Zermatt
6º dia: 10h saída de Zermatt para Lucerna, passando por Interlaken
7º dia: Lucerna
8º dia: 17h partir de volta para Zurique.
Nosso voo seria no dia
seguinte bem cedo
Este se mostrou um bom roteiro e funcionou muito bem, apesar de termos feito algumas adaptações devido aos imprevistos climáticos.
Viajamos no final do mês de Outubro. Não buscávamos muito frio, mas
queríamos um bom clima para perambular pelas cidades e, quem sabe, um pouco de
neve na região montanhosa que visitaríamos - Zermatt. A propósito, em função
dos glaciers de neves eternas existentes em algumas das montanhas mais altas
dos Alpes Suíços, é possível esquiar por lá até mesmo no verão.
Outono na Suíça
Berna
Havíamos consultado a previsão do tempo e não haveria chuva no nosso
caminho, no entanto, uma frente fria atingiu a região. Para a
nossa alegria, nevou na pequena vila de Zermatt, no entanto, enfrentamos dois
dias chuvosos.
Vamos às peculiaridades suíças:
O país é incrível e vale a pena ser
visitado com tempo.
Lago Lucerna
Além das cidades e vilas típicas e encantadoras, as belezas
naturais são indescritíveis. A grandiosidade dos Alpes, as cores do outono e as águas cristalinas dos rios e lagos são de tirar o folego.
Lago Léman - Lausanne
Em todas as cidades que visitamos havia um lago ou um rio e, ao ver o
quão cristalinas eram as águas, mais impressionados ficávamos. E, acostumados
com uma realidade tão diferente no Brasil, sentíamos até uma pontinha de inveja.
E então? Será que este lugar não tem defeitos?
Bom, digamos que para nós que não somos milionários, há: Como a Suíça é
cara! Certamente é, de longe, o lugar mais caro que já visitei. As despesas
locais com hospedagem, estacionamento, alimentação e atrações são
aproximadamente duas a três vezes mais elevadas do que a média do restante da
Europa.
Enquanto na França ou Espanha, por exemplo, há opções de almoço de menu
com entrada, sobremesa e bebida por 12 euros (cerca de 50 reais na cotação do
dia), na Suíça, somente o prato custa em média 38 francos (cerca de 150 reais na
cotação do dia) e uma taça de vinho, outros 7 francos. Resumindo, este é um
ótimo local para se conhecer os supermercados e regrar os jantares e cafés da
manhã dos hotéis.
Na Suíça são falados quatro idiomas:
·
Alemão
(Ex.: Berna, Zurique, Lucerna, Zermatt e Interlaken);
·
Frances
(Ex.: Genebra, Gruyères, Lausanne e Montreux);
·
Italiano
(Ex.: Lugano), e;
·
Romanche,
uma mistura de italiano com latim, muito pouco utilizada.
Em nenhuma cidade visitada tivemos dificuldade utilizando o inglês. Em
geral, o povo suíço é bastante cortês e atende bem ao turista.
Optamos por alugar um carro e ficamos muito impressionados com a
educação no trânsito por parte dos motoristas.
Em geral as pessoas que visitam a Suíça preferem adquirir o Swiss
Pass – uma espécie de passaporte para utilização em praticamente toda a rede de
trens local, que por sinal, funciona perfeitamente. Este bilhete também lhe dá
direito a utilizar os barcos (ferries) do lago Lucerna. O que não está incluído é a
passagem do trem de Interlakem que vai até o Top of Europe. No entanto, os
portadores do Suiss Pass têm um bom desconto na aquisição deste bilhete.
Saída dos ferries em Weggis, no Lago Lucerna
Escolhemos o carro pensando que economizaríamos e na
flexibilidade que esta modalidade nos traz. Após voltarmos e contabilizarmos o
valor altíssimo que gastamos com estacionamentos e uma multa por
desconhecimento de sinalização, concluo o seguinte:
·
Caso
esteja viajando sozinho, certamente a melhor opção será adquirir o Swiss Pass.
· Para
duas pessoas, a opção do carro alugado se torna ligeiramente mais em conta e
tem se o ganho do conforto e flexibilidade.
·
Para
mais de duas pessoas, certamente alugar o carro se tornará a opção mais
econômica.
Ao fazermos o check in nas cidades de Berna, Lausanne e Lucerna
recebemos um passe livre para os meios de transporte da cidade. Muito interessante.
Gastronomia
Mesmo estando neste país de preços tão elevados para as refeições,
obviamente não poderíamos deixar de provar pratos típicos como o Fondue de
queijo e a Raclette (Prato servido com queijo derretido, batatas ou
pães e uma espécie de conserva de legumes).
Raclette com pães
Raclette com batatas
Nos supermercados da rede Coop, que você encontra em quase todos os
lugares, compramos queijos e chocolates com preços mais acessíveis. Também
experimentamos vinhos suíços tinto e branco, de sabores agradáveis e suaves.
Cidades visitadas
Zurique
Zurique
É possível conhecer os principais pontos de Zurique em apenas uma tarde.
Em geral, as cidades da Suíça são pequenas o que permite ao turista conhecer
vários locais em poucos dias.
Zurique
Há um belo rio cortando a cidade, o rio Limmat, onde cisnes e gaivotas dão um charme
especial e atraem diversas pessoas para fotografarem ou simplesmente apreciarem
a paisagem.
Rio Limmat - Zurique
Nos hospedamos próximo à Ópera e de lá partimos a pé para conhecer o
Centro Histórico. As torres pontiagudas das igrejas às margens do rio garantem
belíssimas paisagens.
Zurique - Ópera
Zurique
Atravessamos uma ponte, passamos pela Banhofstrasse, rua das lojas chiques da cidade, entramos na Estação
Central de trens, que ostenta a famosa obra de arte Guardian Angel, presa ao
teto através de cabos. A escultura é obra da escultora francesa-suíça Niki de
St. Phalle, e foi um presente para o 150º aniversário da estação. Ela representa
as mulheres alegres, liberais e autoconfiantes, sendo uma das obras mais
populares da arte contemporânea.
Banhofstrasse
Estação Central de Zurique
Guardian Angel - Estação Central de Zurique
Nessa região vimos muitos carros de luxo e nos
lembramos que estávamos em uma
das cidades com mais milionários do mundo e também mais cara.
Ainda na Banhofstrasse compramos um chip de internet na loja Sunrise. A proposta deles é muito boa: pagamos 20 francos pelo chip com internet ilimitada pelo período de 7 dias, com a possibilidade de compartilhamento de dados para outros aparelhos, ou seja, somente um plano foi suficiente para duas pessoas e funcionou perfeitamente.
No fim da tarde fomos ao Say Cheese experimentarmos a famosa Raclette e gostamos bastante.
No fim da tarde fomos ao Say Cheese experimentarmos a famosa Raclette e gostamos bastante.
No dia seguinte passeamos pelos arredores do
museu da Fifa, onde fica o troféu da Copa do Mundo dentre vários outros itens.
Zurique - Museu da FIFA
Zurique - Museu da FIFA
Zurique - Escada no Museu da FIFA
Berna
No dia seguinte, após finalizarmos nosso passeio por Zurique, fomos de trem até o aeroporto que fica a cerca de
20 minutos de nosso hotel para buscarmos nosso carro alugado.
Zurique - Estação de trens
Dirigimos cerca de uma hora até
Berna, deixamos o carro em um estacionamento indicado pelo hotel, e fomos
passear.
Berna - Fonte e o Zytglogge (torre do relógio)
Capital da Suíça desde 1848,
Berna foi declarada Patrimônio Mundial da Unesco por conta de seu lindo centro
histórico.
Muitas das ruas do
centro histórico de Berna foram transformadas em grandes
calçadões para pedestres. Só é permitido o trânsito de carros locais, ônibus e
bondes elétricos (trams).
Berna - ônibus elétrico
Ao passear pela Kramgasse, rua
principal do centro histórico, onde se localiza a sasa onde Einstein morou e a
torre do relógio, há diversas fontes de água potável. Cada uma dessas fontes
tem uma escultura diferente, o que faz delas uma das principais atração
turística em Berna.
Ainda nessa rua, nos deparamos com o Zytglogge, a torre com o relógio astronômico, que, nas horas exatas exibe uma curta apresentação de sinos para os turistas que se reúnem a sua frente.
Fonte em Berna
Ainda nessa rua, nos deparamos com o Zytglogge, a torre com o relógio astronômico, que, nas horas exatas exibe uma curta apresentação de sinos para os turistas que se reúnem a sua frente.
Fonte da Kramgasse
Torre do Relógio Astronômico (Zytglogge)
Na rua paralela a Kramgasse,
temos a bela Catedral de Berna,
cuja construção começou em 1421, localizada na Münsterplatz, que também possui
uma bela fonte.
Catedral de Berna
Catedral de Berna vista do parque ao lado
É possível subir na torre da
igreja, que é a mais alta da Suíça (344 degraus).
Detalhes da entrada da Catedral
Próximo à Catedral passamos pelo
edifício do Parlamento suíço.
Parlamento Suíço
Seguindo em frente pela Kramgasse,
cruzamos uma ponte sobre o rio Aare e logo à direita avistamos o BärenPark, ou parque dos
ursos de Berna, aberto o ano todo, com entrada livre.
BärenPark (parque dos
ursos de Berna)
Logo à esquerda da ponte há uma
rampa de subida para o Parque das Rosas (Rosengarten),
um lindo parque onde várias pessoas frequentam pela bela vista e para se
divertirem nos gramados.
Subida para o Parque Rosengarten
Parque Rosengarten
Parque Rosengarten
Vista a partir do parque
Gruyères
Neste terceiro dia de viagem,
saímos de Berna com um belíssimo céu azul.
Seriam 65km até Gruyères, onde
faríamos uma pequena parada e mais 55km para nosso destino final do dia – Lausanne.
Alguns quilômetros após nossa
saída, notamos que o idioma utilizado na sinalização da estrada
simplesmente mudou do alemão para o francês. Sem nenhum aviso já estávamos na Suíça Francesa.
As paisagens foram ficando mais montanhosas e vimos as famosas vaquinhas com sinos nos pescoços pastando em campos verdes.
As paisagens foram ficando mais montanhosas e vimos as famosas vaquinhas com sinos nos pescoços pastando em campos verdes.
Arredores de Gruyères
Gruyères
Chegamos em Gruyères e posso
dizer que esta rápida parada foi um dos pontos altos da nossa viagem. A vista das montanhas, a pequena vila, o queijo, o palácio e o fondue foram marcantes para mim. Era minha mais alta expectativa de Suíça se
materializando.
Fábrica de queijo Gruyère
Gruyères
Assim que chegamos nos
deparamos com as instalações da fábrica de queijos que também possui um
restaurante e um pequeno mercado recheado de itens de cutelaria, lembrancinhas
e queijos, claro. Estacionamos por ali, conhecemos o local, que inclusive
oferece aos turistas um tour para apreciarem o processo de fabricação do queijo
gruyère, e seguimos a pé para a pequena vila.
Artesanato local em Gruyères
Artesanato local em Gruyères
Poderíamos ter subido de carro,
pois mais acima também havia vagas gratuitas.
Logo que se passa pela entrada da
vila temos uma vista daquelas de cair o queixo.
Vila de Gruyères
Vila de Gruyères
Pequenos restaurantes servindo
fondue, lojinhas de lembrancinhas, pousadas e, na outra ponta, um lindo palácio.
Palácio de Gruyères (Séc. XIII)
Lausanne
Chegamos em Lausanne por volta das 15h, deixamos o carro em um
estacionamento, fizemos nosso check in e fomos passear.
Lausanne é uma das maiores cidades localizadas às margens do Lago Léman e, talvez devido a este fator, em consonância com a quantidade de
universitários presentes, este me pareceu um destino mais vibrante do que os demais.
Lausanne - Lago Léman
Conhecida como “a capital
olímpica mundial”, Lausanne abriga a sede do Comitê Olímpico Internacional.
Comitê Olímpico Internacional
Lausanne ainda é rodeada por
montanhas, vinhedos e, do outro lado do lago, pode-se avisar os Alpes Franceses.
Lago Lèman - Lausanne
Passeamos pelo Centro Histórico,
com suas ruas agitadas pelo frenesi dos jovens e dos turistas.
Conhecemos a Catedral de Lausanne. Construída em estilo gótico, ela abriga um enorme órgão de sete mil tubos, que
é usado em concertos e eventos.
Catedral de Lausanne
Catedral de Lausanne
Uma curiosidade: Todas as noites,
entre 22h e 2h, um vigia noturno cumpre um ritual de mais de 600 anos. Ele sobe
até a torre e, após tocar o sino, solta um grito que pode ser ouvido de hora em
hora: “Ces’t le guet. Il a sonné 10, il a sonné 10 (É o guardião. São dez
horas, são dez horas)”, alterando o horário até o início da madrugada.
Em frente à catedral existe um mirante com vista privilegiada para a
cidade. Logo abaixo fica o Museu
Histórico de Lausanne.
Vista da cidade a partir da Catedral de Lausanne
Museu Histórico de Lausanne
Próximo ao museu tomamos um metrô
para Ouchy, uma linda parte da orla, às margens do Lago Léman. Logo ao
desembarcar na estação Ouchy-Olympique você irá se deparar com o bonito Cháteau d’Ouchy.
Cháteau d’Ouchy
Após uma breve e agradável
caminhada pela orla, chegamos à Sede do Comitê Olímpico. Você não precisa
necessariamente pagar para entrar e conhecer as instalações do museu olímpico
para curtir o local. Ele se encontra em uma ampla área aberta ao público com
inúmeras esculturas em homenagem às modalidades olímpicas, gramados, fontes,
dentre outras atrações.
Sede do Comitê Olímpico
Um fato interessante que
observamos: Às 19h, praticamente todo o comércio, inclusive os supermercados
Coop encerram suas atividades. Perdemos a hora, justo na Suíça, e desta vez
tivemos que deixar para comprar nosso café da manhã somente no dia seguinte.
Montreux
Acordamos cedo, pois neste dia teríamos
um caminho mais longo a percorrer com destino final em Zermatt onde
pernoitaríamos por duas noites.
O tempo havia fechado e
chuviscava. Nestas horas que notamos a vantagem da locação do automóvel.
Fizemos o check out e o manobrista nos trouxe nosso carro até a porta do hotel.
Imaginem em um dia de chuva sair arrastando malas até a estação de trem mais
próxima. Até na Suíça, nestes momentos não é agradável depender de transporte
público.
Apesar de o GPS nos sugerir
passar pela autopista, optamos pela rota que seguia por uma estrada que
margeava o Lago Lèman para apreciarmos os famosos vinhedos tombados de Vevey, plantados
ao longo das encostas das montanhas.
Vinhedos de Vevey
Pouco antes de chegar em Montreux,
fomos até o Castelo de Chillon,
localizado em um lugar super agradável e urbanizado da orla, ideal para passear
curtindo a paisagem.
Castelo de Chillon
Castelo de Chillon
Castelo de Chillon
Seguimos mais três quilômetros até Montreux, onde os fãs de Freddie Mercury e de sua a banda podem visitar o museu Queen The Studio Experience,
que funciona dentro do Casino Barrière Montreux.
Logo em frente, na Orla do lago,
há uma famosa estátua do vocalista do Queen.
Estátua de Freddie Mercury (Museu ao fundo)
Como estava chovendo, não
passeamos a pé pelo centro de Montreux. Rodamos de carro e logo seguimos viagem.
Zermatt
Após rodarmos mais 140km com curvas,
túneis que parecem não ter fim e paisagens estonteantes dos Alpes, chegamos à
pequena cidade Tasch. Em Zermatt não é permitida a circulação de automóveis, com
exceção de alguns pequenos ônibus e carros elétricos que atendem aos turistas.
Deixamos nosso carro no
estacionamento da estação de Tasch e tomamos um trem rumo a Zermatt. Seria uma
agradável viagem de 20 minutos até a outra estação, onde o carro do nosso hotel
nos aguardava.
Trem rumo a Zermatt
Nosso hotel era muito aconchegante
e localizado na beira do rio. Infelizmente não pudemos esquiar, pois a estação
estava fechada devido aos fortes ventos. Balde de água fria, ou melhor, gelada...
Ainda bem que estávamos em um
excelente hotel e aproveitamos para curtir o SPA e a piscina, além de passeamos
um pouco pela pequena vila. Cansados, fomos dormir cedo e notamos que nevava lá
fora.
Quarto do hotel Alpenhof Julen Zermatt
Hotel Alpenhof Julen Zermatt
(Chá das 17h)
SPA do Hotel Alpenhof Julen Zermatt
Hotel Alpenhof Julen Zermatt
Amanhecemos com esta vista de
nossa janela:
Zermatt
As coisas são assim... Não
pudemos esquiar, por outro lado, a mudança climática nos presenteou com neve em
Zermatt, o que não estava previsto.
Neve no teto solar do nosso quarto
Como reservamos nossa hospedagem
diretamente com o hotel, tínhamos algumas regalias, como o empréstimo de
e-bikes sem custo.
Foi nossa primeira vez em
bicicletas elétricas e, também nossa estreia pedalando com neve. Foi uma
experiência sensacional. Conhecer esta bicicleta top e a sensação de liberdade
que o ciclismo nos proporciona fizeram toda a diferença neste dia, que
inicialmente seria dedicado ao esqui.
Passeio de bicicleta elétrica em Zermatt
No dia seguinte voltamos à estrada
rumo a Lucerna. Minha tristeza nesta passagem por Zermatt foi despedir desta
vila tão graciosa sem ter conseguido avistar a famosa Matterhorn, aquela
montanha que estampa as embalagens do chocolate Toblerone e é símbolo de
Zermatt. A nebulosidade não foi nossa amiga.
Nossa visão de onde estaria a Matterhorn
Matterhorn em um dia claro
Fonte: www.tunliweb.no
Dirigimos com neve até sairmos
dos arredores de Zermatt, quando uma chuva fina passou a nos acompanhar. Seria
o dia em que rodaríamos mais nesta viagem, porém com duas paradas muito
esperadas: Lago Blausse e Lauterbrunnen, próximos à Interlaken.
Dirigir pelos Alpes é uma
experiência bem interessante, onde passamos por trechos de inúmeras curvas, tuneis
de três, às vezes quatro quilômetros, e até mesmo chegamos em um trecho em que nosso carro adentraria em um vagão de trem para uma viagem de 30
minutos por um túnel escuro. Coisas da Suíça.
Saída de Zermatt para Interlaken
Trajeto de Zermatt a Interlaken
Trajeto de Zermatt a Interlaken
Trajeto de Zermatt a Interlaken (trem para carros)
No caminho para Interlaken,
fizemos uma pequena pausa nesta pérola da natureza, chamada Parque Blausse,
onde após uma pequena caminhada por um bosque magnífico, avistamos um lago que,
sinceramente, não parece de verdade. Foram os oito francos, por pessoa, mais
bem pagos nesta viagem.
Parque Blausse
Lago Blausse
Lago Blausse
Lago Blausse
Lago Blausse
Seguimos para Interlaken, nos
dirigindo diretamente para conhecer a famosa cachoeira de Lauterbrunnen.
Estamos falando da queda d’agua mais alta da Suíça e, pasmem, fica na beira de uma pequena vila. Quando a avistamos de nosso carro, precisei de alguns segundos para acreditar.
Estamos falando da queda d’agua mais alta da Suíça e, pasmem, fica na beira de uma pequena vila. Quando a avistamos de nosso carro, precisei de alguns segundos para acreditar.
Cachoeira de Lauterbrunnen
É possível subir até aproximadamente a metade da cachoeira por uma escadaria assustadora, mas muito segura. Creio que o medo que senti se deu devido aos trechos mais escuros e gotejantes.
Subida por trás da Cachoeira de Lauterbrunnen
Cachoeira de Lauterbrunnen
Vista por trás da Cachoeira de Lauterbrunnen
Lauterbrunnen
Interlaken
Passando por Interlaken a chuva
deu uma trégua e descemos do carro para passear. Estacionamos próximo à Schlosskirche
e caminhamos por uma rua que nos pareceu mais agitada.
Schlosskirche
Interlaken
Na margem direita
passamos pelo Cassino, um hotel muito chique, um restaurante da rede americana
Hooters e várias opções de comércio. No outro lado havia um vasto gramado
repleto de turistas fotografando algumas típicas e fofas vaquinhas suíças.
Claro que também fomos até lá enlamear nossas botas.
Interlaken
Interlaken
Interlaken
Interlaken, como seu próprio nome
diz, está localizada entre dois lagos.
Sua principal atração é a montanha
Jungfrau.
O passeio mais famoso de
Interlaken e, sem dúvidas, um dos mais famosos da Suíça é a subida até o Top of
Europe, em Jungfraujoch - a estação de trem mais alta da Europa. Quando você
finalmente chega até o topo da Jungfrau, estará a 3.454 metros de altitude, ou
seja, até o ar se torna mais rarefeito.
O passeio até a Jungfraujoch é
longo e intenso e recomenda-se separar um dia apenas para isso. O tempo total do
trajeto de Interlaken até o topo da Jungfraujoch, com as trocas de trem, leva cerca
de 3 horas. Considere o mesmo tempo para a volta e reserve ao menos 2 horas
para explorar o complexo turístico ao chegar por lá.
Interlaken - Jungfraujoch Top of Europe
(Fonte: www.mylittleadventure.pt)
Não realizamos este passeio pois
o clima estava ruim e provavelmente a bela vista dos Alpes estaria encoberta e já
havíamos tido uma bela experiência de neve/montanha em Zermatt. Além disso, o
custo da passagem para o Top of Europe é bem salgado (CHF200 ou R$800 por
pessoa).
Após fotografarmos as vaquinhas,
seguimos para Lucerna. Seriam mais 80km até nossa última cidade a ser visitada
nesta viagem.
Lucerna
A chuva, as curvas sinuosas e um
trânsito surpreendentemente pesado na entrada de Lucerna atrasaram nossa
chegada. Acabamos nos atrapalhando um pouco, pois nosso hotel se localizava em
uma região onde carros não são permitidos e após alguns desencontros com nosso
GPS, estacionamos o carro em um lado do rio, cruzamos a ponte sob chuva fina e
logo estávamos realizando o check in. No balcão, fomos informados que
poderíamos ter chegado com o carro e um manobrista o estacionaria. Como estávamos cansados e muito mais preocupados em jantar do
que com a localização do nosso carro, deixamos para resolver esta questão no
dia seguinte.
Vista da janela do nosso quarto
Jantamos em uma pizzaria chamada
Made in Sud, localizada a alguns quarteirões de onde deixamos o nosso carro.
Não sou de indicar locais para refeições, pois com o tempo a qualidade e
serviço podem sofrer alterações, mas, como se tratou da pizza mais gostosa que
já experimentei em toda a minha vida, achei que valia a pena o registro.
No dia seguinte lá estávamos novamente para almoçar.
No dia seguinte lá estávamos novamente para almoçar.
Lucerna foi para mim outro
destaque da viagem, assim como Gruyères e a inesperada neve em Zermatt.
A cidade é grande para o porte
suíço e extremamente bonita.
Lucerna vista a partir do lago, com a Hofkirche iluminada ao por do sol
Lindas pinturas nas faixadas dos prédios históricos dão todo um toque especial à arquitetura local.
Lucerna
Lucerna
Lucerna
A Ponte da Capela é o cartão
postal da cidade. Em suas proximidades temos um movimentado calçadão à beira do
lago onde muitas pessoas passeiam ou simplesmente relaxam.
Ponte da Capela
Ponte da Capela
Esta é a ponte coberta mais
antiga da Suíça e a sua história é retratada em belas pinturas que podemos
admirar enquanto caminhamos por ela. Como não foi construída em linha reta, é
possível fazer lindas fotos da mesma durante a travessia.
Ponte da Capela
Caminhamos por uma muralha que no
passado tinha funções de segurança para os moradores de Lucerna. Ela possui
diversas torres e pudemos subir em algumas delas.
A torre mais conhecida abriga uma espécie de museu do relógio e nos proporciona uma bela vista da cidade.
Torre do relógio
Visitamos o monumento do
leão, localizado em um parque cuja maior parte se encontra em obras e a
Hofkirche, igreja mais marcante da cidade.
Monumento do leão
Hofkirche
No dia seguinte, que seria nosso
último dia de passeio, fomos presenteados com um céu azul em grande parte do
dia.
Excelente oportunidade para
realizarmos o imperdível passeio pelo lago Lucerna.
A pequena estação portuária de onde saem os navio se localiza bem próximo à Ponte da Capela e à estação de trem.
A pequena estação portuária de onde saem os navio se localiza bem próximo à Ponte da Capela e à estação de trem.
Após realizarmos nosso check out no hotel e deixarmos nossas malas no carro, compramos nossos bilhetes que
permitiam embarques e desembarques em várias cidades. Em cada ponto de parada, a
cada uma hora, aproximadamente, há a chegada de um barco.
Fomos de Lucerna a Vitznau em
aproximadamente 50 minutos que mais pareceram cinco. Ficamos tão encantados com
o luxo, conforto e requinte do iate de cinco andares, que passamos quase todo o
tempo perambulando por ele e tirando fotos das paisagens.
Passeio de barco pelo lago Lucerna
Passeio de barco pelo lago Lucerna
Passeio de barco pelo lago Lucerna
Passeio de barco pelo lago Lucerna
Passeio de barco pelo lago Lucerna
Orla de Vitznau, no lago Lucerna
Em Vitznau passeamos um pouco
pela bela orla, almoçamos e embarcamos no próximo barco.
Vitznau, no lago Lucerna
Vitznau, no lago Lucerna
Desta cidade partem bondinhos
para o alto da montanha Rigi.
Desembarcamos em Weggis e
passeamos pela orla.
lago Lucerna
Weggis, no lago Lucerna
Tomamos um novo barco de volta ao
porto e chegamos em Lucerna no fim da tarde. Seguimos nossa viagem de carro
rumo a Zurique e pernoitamos em um hotel próximo ao aeroporto.
Retorno para Lucerna, ao por do sol
Na manhã seguinte, nosso voo
partiria cedo rumo ao Brasil.
Assim finalizamos nossa viagem,
com um gostinho de quero mais, de queijo, de vinho e de chocolate, claro.
Se
tiverem dúvidas ou comentários, basta colocá-los logo abaixo! : )
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