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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Toscana perfeita - Florença, San Gimignano, Siena, Montalcino e muito mais


Após uma breve estada em Roma, onde também tivemos a chance de visitar o Vaticano, tomamos um trem rumo à Toscana, uma das mais famosas e visitadas regiões da Itália.

Toscana


Atrativos que incluem muita história, arte, cidades medievais, alta gastronomia, vinícolas premiadas e paisagens de cair o queixo explicam as multidões que visitam a Toscana.
Desembarcamos em Florença, na Estação Santa Maria Novella e fomos a pé para nosso hotel, localizado bem pertinho da Catedral de Santa Maria del Fiore e do Batistério, principais ícones da cidade.
Basílica de Santa Maria Novella, localizada perto da Estação



Batistério de São João

Catedral de Santa Maria del Fiore


Catedral de Santa Maria del Fiore - fila para entrar



Durante esta estada pela Itália fomos acompanhados por uma frente fria que baixou os termômetros como há tempos não se via e, especialmente neste dia, passeamos pela cidade sob muita ventania fria, totalmente atípica para um final de maio.

Passamos pelos principais pontos da cidade, despretensiosamente.

Florença

Desta vez não entramos na Galeria Uffizzi ou na Galeria da Academia de Belas Artes, pois já as exploramos no passado além de estarmos com pouco tempo na cidade.

Galeria da Academia de Belas Artes

Na Academia de Belas Artes se encontra uma das esculturas mais famosas do Renascimento – David, de Michelangelo.

Para quem aprecia arte, adianto que Florença é conhecida como “museu a céu aberto”. Caminhando pela cidade nos deparamos com esculturas de artista famosos e afrescos belíssimos.

Atravessamos o rio Arno pela Ponte Vecchio (Ponte Velha), construída a séculos, repleta de lojinhas em ambos os lados. Atualmente abriga basicamente joalherias e ourivesarias.

Ponte Vecchio (Ponte Velha)

Ponte Vecchio (Ponte Velha)

Ponte Vecchio (Ponte Velha)

No outro lado do rio temos o Palácio Pitti, um grande palácio renascentista, construído por volta do ano de 1.500 para ser a residência de um banqueiro chamado Luca Pitti. Poucos anos depois, foi adquirido pelos Médici. 


Palácio Pitti
Atravessamos novamente o rio Arno e seguimos para a encantadora Piazza della Signoria, onde fica o Palazzo Vecchio.
Palazzo Vecchio


Nesta praça pudemos contemplar diversas esculturas, onde se destaca uma imponente réplica da estátua de David de Michelangelo, com 5 metros de altura.

Estátua de David de Michelangelo (réplica)

Estátua Equestre de Cosimo I, de Giambologna (Séc. XVI)

Fontana del Nettuno, de Baccio Bandinelli (Séc. XVI)

Hércules e Caco, de Baccio Bandinelli (Séc. XVI)

Perseus com a cabeça da Medusa, de Antonio Canova (Séc. XVIII)

Rapto das Sabinas, de Giambologna (Séc. XVI)

Próximo ao Palazzo Vecchio, se encontra a Basílica de Santa Cruz – uma igreja franciscana, com faixada em mármore.

Basílica de Santa Cruz

Na volta para o hotel entramos em várias lojinhas de produtos feitos com trufas, como azeites, patês, pastas de cogumelos, etc. A degustação é gratuita. Vale muito a pena experimentar.

Tufas são iguarias culinárias luxuosas, utilizadas nos grandes restaurantes. São uma espécie de fungo bem perfumado, encontradas, enterradas no solo, por caçadores acompanhados de cães farejadores.

Outra dica é provar a famosa bisteca fiorentina. Maravilhoso e farto corte de carne servido em vários restaurantes da cidade.

Alguns exibem as peças em vitrines, convidando os turistas.
Bisteca fiorentina

No dia seguinte, seguimos cedo para o aeroporto. A dica para realizar este trecho é voltar à Estação Ferroviária Santa Maria Novella e lá tomar um TRAM, um trem que passa com boa frequência pela estação e segue por algumas paradas até o aeroporto em aproximadamente 20 minutos.

Os bilhetes para o TRAM podem ser adquiridos nas plataformas e devem ser validados nas máquinas localizadas no interior do vagão.

Chegando ao aeroporto, tomamos o shuttle (transfer) que nos levou até as lojas de locação de veículos. Pegamos nosso carro após um atendimento extremamente moroso e seguimos pela Toscana.

Nosso destino final do dia era a bela Siena, mas antes passaríamos por San Gimignano, Colle di Val d’Elsa e Monteriggioni. Este percurso completo, passando por paisagens deslumbrantes, somou pouco mais de 100km.

2o dia pela Toscana (Florença a Siena)
(clique no mapa para ampliá-lo)

Como não saímos tão cedo de Florença, chegamos a San Gimignano no final da manhã, após cerca de 1h de viagem.

As cidades da Toscana têm características bem peculiares e nos remetem à era medieval. São todas lindas e parecidas.

Toscana 

Toscana 

Toscana e seus ciprestes

Toscana 

Oferta de degustação de vinhos, arcos arquitetônicos que emolduram paisagens com os famosos ciprestes, igrejinhas nas praças, pizzarias, flores, osterias, turistas e lojinhas – Assim se resume uma cidadezinha da Toscana. Puro charme.

San Gimignano e sua vizinha Volterra são semelhantes por possuírem as famosas e impressionantes torres medievais. Caso esteja com pouco tempo pela Toscana, o ideal seria eleger uma das duas para visitação, aproveitando assim, melhor a viagem. Pelo nosso percurso, selecionamos San Gimignano.

A história nos conta que foram construídas 72 torres-casa com até 50 metros de altura em San Gimignano. Hoje restam apenas 14 e o visitante pode subir em uma delas.

San Gimignano

San Gimignano

San Gimignano

San Gimignano

San Gimignano

San Gimignano

San Gimignano - venda de trufas

Após rodarmos pelas vielas da cidade, fomos até o recomendadíssimo Wine Bar Da i’Mariani. Não é muito barato - a tábua de frios para 2 pessoas sai por aproximadamente 28 euros, mas vale CADA centavo! Fomos recebidos e servidos pelo próprio dono que, de trás do balcão, foi nos mostrando cada peça de queijo e embutido, nos explicando sobre a iguaria e fatiando. A cereja do bolo é a porção de mel trufado servida com os frios, além de uma farta cesta de pães. A refeição foi acompanhada de um delicioso vinho branco local, indicado pelo anfitrião.

Wine Bar Da i’Mariani

Wine Bar Da i’Mariani

Wine Bar Da i’Mariani

Wine Bar Da i’Mariani

Wine Bar Da i’Mariani

Wine Bar Da i’Mariani

Wine Bar Da i’Mariani

Saímos de lá muito satisfeitos e levando conosco um pote do tal mel. Delícia!

Pegamos nosso carro que havíamos deixado em um dos estacionamentos localizados fora do centro histórico e seguimos para nossa próxima parada - Colle di Val d’Elsa. Outra cidade encantadora, bem aos moldes das vilas medievais da Toscana.

Exemplo de estacionamento fora do centro histórico 


Colle di Val d’Elsa

Colle di Val d’Elsa

Colle di Val d’Elsa

Colle di Val d’Elsa

Colle di Val d’Elsa

Colle di Val d’Elsa

De lá seguimos por mais alguns quilômetros e fizemos um pequeno desvio até a pequena Vila murada Monteriggioni.

Monteriggioni 
Fonte: visittuscany.com

Imagine uma fortificação, impecavelmente bem conservada, dominando o topo de uma colina e ladeada por campos de girassóis e oliveiras. Imperdível.

Chegada a Monteriggioni 

Monteriggioni 

Continuamos nossa viagem para nossa parada final do dia – Siena.

Chegar de carro em Siena é extremamente confuso e se o visitante não estiver muito bem orientado e atento pode levar uma multa inocentemente.

É permitido ao turista entrar com o carro na parte histórica da cidade para deixar suas malas em seu hotel. Em seguida, deve deixar o centro e buscar uma vaga rotativa (ou não) nas ruas do entorno. A cidade grande para os padrões da região e é dividida em segmentos. Cada segmento possui uma entrada (portal) que possuem radares que multam os carros de não residentes que adentram na cidade. Fomos orientados pelo nosso hotel a entrar na cidade por um determinado portal para deixarmos as malas. Nos foi garantido que, em seguida, o recepcionista informaria o número da placa do nosso veículo ao órgão fiscalizador que imediatamente retiraria a multa. O problema é que acabamos entrando por outro portal e ficamos sujeitos à multa. Já se passaram alguns meses e ainda não fomos cobrados. Mas fica a dica.

Carro estacionado e check-in realizado, fomos curtir o restante da tarde por Siena. O sol estava se pondo por volta das 20h, logo, ainda havia uma boa luz para aproveitarmos.

Siena

Siena

Piazza del Campo - Siena

Piazza del Campo - Siena

Outra boa dica: Reservamos um jantar no restaurante Il Bandierino, localizado na Piazza del Campo, através do Groupon italiano. Estavam incluídos entrada, prato principal e sobremesa além de água e uma taça de vinho. O preço e a experiência foram excelentes.

Restaurante Il Bandierino - Siena

Restaurante Il Bandierino - Siena

Restaurante Il Bandierino - Siena

Restaurante Il Bandierino - Siena

Na manhã seguinte, ao fazermos nosso check-out no hotel, soubemos que em algumas horas passariam pelo centro histórico de Siena os carros da Mille Miglia 2019 (Mil Milhas 2019).

Isso mesmo! Por puríssima sorte, estávamos na Toscana exatamente nos dias do mais famoso e belo evento de corrida de carros do mundo.
Hoje se trata de uma corrida simbólica, para amantes de automóveis, que revivem uma tradição da primeira metade do século passado, quando os carros mais velozes da época percorriam um percurso de cerca de mil milhas em formato de "8" ligando a cidade de Bréscia a Roma (ida e volta), totalizando 1600 quilômetros.
Saímos de Siena desapontados por perdermos a passagem das centenas de carros de corrida clássicos, antigos e também os modernos, como Ferraris, Porches e Lamborghines que passariam pela cidade no horário do almoço. Acontece que nosso dia estava cheio e não queríamos perder as atrações planejadas.
Partimos para a estrada e logo percebemos que estávamos seguindo pela rota dos automóveis da Mille Miglia! Foi ainda mais legal! Chegamos a acompanhar (ou tentar...) um grupo de 10 Ferraris.

Mille Miglia

Mille Miglia

Mille Miglia

Mille Miglia

Por todas as cidades que passamos neste dia curtimos a passagem dos carros de corrida por suas ruas históricas. A cada carro que passava, dezenas de turistas aplaudiam e fotografavam e os pilotos acenavam, como se estivessem em um desfile. Excelente!

De volta à nossa programação, neste dia passamos por diversas cidades típicas da região, encantadoras em todos os aspectos: Montalcino (43km), San Quirico d'Orcia (14km), Bagno Vignoni (6km), Pienza (16km), Monticchiello (10km), até nosso destino final - Montepulciano (13km).

3o dia pela Toscana (Siena a Montepulciano)
(clique no mapa para ampliá-lo)

Montalcino é famosa pelo vinho Brunello de Montalcino. Diversos restaurantes oferecem degustação a bons preços. Infelizmente não tivemos uma boa experiência. Acredito que nos serviram um vinho passado e, como nunca o tínhamos provado, não ficamos confortáveis para dizer que algo estava errado. Uma pena.

Degustação frustrada

Degustação frustrada

Degustação frustrada

San Quirico d'Orcia

San Quirico d'Orcia

San Quirico d'Orcia

San Quirico d'Orcia

San Quirico d'Orcia

San Quirico d'Orcia

San Quirico d'Orcia

Bagno Vignoni é uma pequena vila localizada no alto de uma colina, conhecida por suas fontes termais.

Bagno Vignoni

Vista a partir de Bagno Vignoni

Bagno Vignoni

Bagno Vignoni

Bagno Vignoni

Bagno Vignoni

Bagno Vignoni


Pienza é uma pérola na Toscana, imperdível em qualquer roteiro.
Pienza 

Pienza 

Pienza 

Pienza 

Pienza 

Pienza 

Pienza 

Pienza 

Pienza 

Breve passagem por Monticchiello, de vistas incríveis.

Monticchiello

Monticchiello

Monticchiello


Chegamos a Montepulciano no final da tarde e não perdemos tempo. Passeamos pelas ruelas da vila e terminamos o dia fazendo uma degustação de vinhos diferente e moderna, em uma enoteca onde recebemos um cartão para ser utilizado em máquinas que servem as doses para prova de vinhos.


Montepulciano - degustação de vinhos

Montepulciano - degustação de vinhos

Montepulciano - degustação de vinhos

Montepulciano 

Montepulciano 

Montepulciano 

Vista a partir de Montepulciano 

Montepulciano 

Montepulciano 

Montepulciano 

Montepulciano 

Montepulciano 

Não entramos, pois não é a nossa praia, mas, para quem curte um museu bem sinistro, nas principais vilas que passamos vimos museus da Tortura. Só o hall de entrada já me gelava a espinha. Esse baixo-astral eu “passo”.

Museu da Tortura

Museu da Tortura


Finalizando o relato sobre a Toscana, vale dizer que há grande oferta de vinícolas pela região abertas a degustação. Para curtir mais este tipo de atração, que por sinal, adoro, precisaria de mais tempo por lá. 

Pesquise antes e inclua na programação, pois estamos falando da região do Chianti, do Nobile de Montepulciano, do Rosso e do já citado Brunello de Montalcino. No meu caso, fica anotado para a próxima!

Para saber mais sobre nossa passagem por Roma, clique aqui!

E para anotar as dicas para visitar o Vaticano, clique aqui.


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